A medalhista Paralímpica Jerusa Geber e seu treinador e marido Luiz Henrique Barbosa da Silva | Foto: Marcos Fiorentino/Portal CBN Prudente
A velocista Jerusa Geber, que participou das Paralímpiadas de Paris na França, no período de 28 de agosto a 8 de setembro, fez história, ao vencer os 200m da classe T11, conquistando a medalha de ouro, a 23ª do Brasil, a melhor marca do país em uma edição do evento.
A acreana, que reside e treina na cidade de Presidente Prudente (SP), desde o ano de 2008, participou pela quinta vez das Paralímpiadas e ainda igualou o recorde paralímpico (24s51), da britânica Libby Clegg, conquistado Na Rio 2016.
Jerusa que é treinada pelo seu marido Luiz Henrique Barbosa da Silva que também treina o velocista e atleta-guia Gabriel Garcia, (26 anos), que fez história em Paris ao tornar-se o primeiro homem brasileiro a disputar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos no mesmo ano.
A atleta Jerusa Geber, falou como foi sua participação nas Paralímpiadas e qual a sensação de bater o recorde, com exclusividade ao CBN Fronteira 1ª Edição.
"Desde 2008 que a gente vem fazendo as provas de 100 e 200 metros, e o 100 metros sempre foi o nosso foco principal e chegando em 2016, 2021 Tóquio, e agora em Paris como favoritos da prova, e em 2016, que o guia não estava muito bem acabou que a gente nem conseguiu chegar nem na final nem no 100 nem nos 200 metros, e em Tóquio 2021, aconteceu o episódio da cordinha guia se quebrar no final da prova e não desistimos sem perder o foco da, e felizmente agora em Paris 2024 nós conseguimos o tão sonhado ouro para minha coleção pessoal de medalhas.
Durante toda a prova não sei o que está acontecendo e como não sei o que está acontecendo durante a prova, por causa da gritaria do público, é um barulho ensurdecedor, então eu não consigo perceber quem está na frente, quem está ao meu lado, eu não sei de nada é raramente que consigo perceber alguma coisa e quando cruza a linha de chegada eu pergunto logo pra ele quem chegou em primeiro, quem ganhou ele responde foi nós, foi nós.
As vezes ele já chega gritando recorde mundial e eu pergunto de quem, de quem?
eu fico sem saber o que que está acontecendo ao invés dele falar logo foi recorde nosso, nós ganhamos, ele me deixa na dúvida porque ele está bem feliz na hora", disse Jerusa Gerber.
Luiz Henrique Barbosa da Silva o treinador e marido da velocista Jerusa Gerber, na mesma entrevista falou que sobre a rotina de treinos e os desafios que tiveram que superar até chegarem a disputa e as medalhas.
"Eu já vinha observando pelas partes dos treinos e sempre conversando com o Gabriel Garcia a respeito do que a gente poderia apresentar lá.
E a gente tem essa sensibilidade, tudo o que acontece no time nós sempre atribuímos ao dom espiritual ao dom do Criador que ele sempre mostra.
Então isso dá uma segurança muito grande lógico que os 100 metros precisava ser quebrado naquele momento ali mas, precisava deixar acontecer para tirar um pouco esse peso até mesmo quando as pessoas perguntavam pra mim sobre a medalha de ouro, favorito eu dizia ao pessoal que se conseguíssemos repetir o que fazíamos nos treinos e se esse tempo nos trouxesse a medalha de ouro, seria uma consequência até mesmo para tirar a pressão de cima da Jerusa e do Gabriel", disse Luiz Henrique Barbosa da Silva.
Assista à íntegra da entrevista clicando no vídeo abaixo: