Jerusa Geber e Gabriel Garcia exibem suas medalhas de campeões mundiais e Paris 2023 | Foto: Alexandre Schneider/CPB
A acreana Jerusa Geber, 42, conquistou sua segunda medalha de ouro em Paris ao vencer os 200m T11, destinada a deficientes visuais, com o tempo de 24s51, igualando o recorde paralímpico da britânica Libby Clegg, que fez a mesma marca no Rio 2016. Essa é a sétima medalha de Jerusa em Jogos, sendo um ouro, duas pratas e três bronzes. Em Paris 2024, ela também foi ouro nos 100m T11.
A prata ficou com a recordista mundial da prova, a chinesa Liu Cuiqing, que fez o tempo de 24s86, e o bronze com Lahja Ishitile, da Namídia, com o tempo de 25s04.
Segundo o portal de Notícias do Comitê Paralímpico Brasileiro, Jerusa chegou a Paris com quatro medalhas, duas de prata e três de bronze. A primeira dourada veio nos 100m T11, em 2024. Foi a primeira vez que ela subiu ao lugar mais alto do pódio no megaevento.
Vale lembrar que a velocista reside e treina na cidade de Presidente Prudente (SP), desde o ano de 2008 e que esta foi a quarta participação da atleta em jogos Paralímpicos.
Jerusa nasceu cega e, ao longo da vida, fez algumas cirurgias que possibilitaram que ela enxergasse um pouco, mas aos 18 anos voltou a perder totalmente a visão. Conheceu o esporte paralímpico aos 19 anos a convite de um amigo também deficiente visual. Em 2019, Jerusa se tornou a primeira atleta cega a correr os 100m abaixo dos 12s.
Devido a um glaucoma congênito desde os primeiros dias de vida, a paraense perdeu a visão gradativamente. A família mudou-se para Goiânia em busca de tratamento, mas, aos quatro anos, Jerusa já tinha 95% da visão comprometida. Dois anos mais tarde, ficou totalmente cega.