Nicolás Maduro toma posse de terceiro mandato seguido na Venezuela | Foto: Juan BARRETO / AFP
As fronteiras da Venezuela com o Brasil e a Colômbia vão ficar fechadas até segunda-feira. A determinação é do ditador Nicolás Maduro, que tomou posse nessa sexta-feira (10) para o terceiro mandato consecutivo de seis anos.
Segundo informações do Portal de Notícias CBN Brasil, a cerimônia de posse de Nicolás Maduro confirmou o isolamento do ditador, que teve uma eleição respaldada pelos tribunais chavistas, mas não reconhecida pela comunidade internacional pelas suspeitas de fraude.
Nessa sexta-feira (10), apenas os ditadores de Cuba, Miguel Díaz-Canel, e da Nicarágua, Daniel Ortega, estavam presentes. Rússia, China, Bolívia e Honduras reconhecem Maduro como vitorioso da eleição e mandaram representantes. México, Colômbia e Brasil não reconhecem a eleição de Maduro e nem do opositor, Edmundo González. Ainda assim, mandaram seus embaixadores para a posse.
Já nove países, incluindo Argentina, Estados Unidos, Uruguai, Paraguai e Chile, além da União Europeia, não enviaram nem representantes. Alguns deles reconheceram que o presidente eleito foi o opositor Edmundo González. Ele havia prometido entrar na Venezuela, nessa sexta-feira (10), para tomar posse, numa cerimônia paralela, mas não apareceu. A líder da oposição, María Corina Machado, disse que não seria conveniente. Ela afirmou que Nicolás Maduro consolidou um golpe de Estado.
Os Estados Unidos e a União Europeia aumentaram o número de sanções à Venezuela. Os presidentes Lula e Emmanuel Macrom, da França, conversaram nessa sexta-feira (10) sobre a situação da Venezuela. Um comunicado da presidência da França informou que os dois pediram a Nicolás Maduro que retome o diálogo com a oposição e que França e Brasil estão dispostos a facilitar o comércio com a Venezuela. Segundo o comunicado, isso pode permitir o retorno da democracia e da estabilidade no país.
As fronteiras entre a Venezuela e o Brasil vão permanecer fechadas até segunda-feira, por determinação de Maduro. Desde 2017, mais de 1,2 milhão venezuelanos chegaram ao Brasil pela fronteira em Pacaraima, em Roraima.
Só em 2024, foram 130 mil pedidos de residência ou refúgio. O pico ocorreu em outubro, logo depois que Nicolás Maduro se declarou vencedor da eleição. Muitos que cruzam a fronteira são direcionados para outros estados como Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e Mato Grosso do Sul.