Amazônia é a maior floresta tropical do mundo | Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
No dia 5 de setembro, é celebrado o Dia da Amazônia. A data nos ajuda a lembrar da importância da preservação da maior floresta tropical do mundo, em uma região que inclui territórios pertencentes a nove nações, sendo que a maioria está contida dentro do Brasil, seguido pelo Peru e com partes na Colômbia, no Equador, na Bolívia, na Venezuela, na Guiana, no Suriname e na Guiana Francesa.
O entrevistado do CBN Fronteira 1ª Edição é o jornalista prudentino Luís Augusto Pires Batista, que trabalhou por muitos anos na região Norte do Brasil e escreveu o livro “Telejornalismo na Amazônia – A Internet como Instrumento de Integração Regional”.
"Esse foi o meu segundo livro. Eu fiz esse livro em 2012, fruto do trabalho de mestrado que eu fiz na Universidade Federal do Amazonas, então, foi um estudo na área de comunicação que eu procurei falar dessas dificuldades logísticas para fazer imprensa de uma maneira geral no Amazonas. É muito difícil porque você tem a floresta separando a cidade, você tem muito pouco caminho por terra, os rios são as estradas e a Rede Amazônica, onde trabalhei por 14 anos, é um exemplo de como fazer essa rede de comunicação que eles conseguiram. A Rede Amazônica completou no dia primeiro 52 anos e é uma trajetória muito bela pelo esforço que foi fazer essa rede de comunicação em toda a Amazônia.
A Rede Amazônica foi fundada em 1972 por dois jornalistas, Drº Phelippe Daou e Drº Milton Cordeiro, e por um publicitário, Joaquim Margarido, eles tinham uma agência de publicidade, na época, e Manaus tinha uma única TV que era a TV Ajuricaba, que era uma emissora ligada ao grupo da Globo já.
E havia duas concessões de televisão em 1968/69, uma foi conquistada pelo Assis Chateaubriand, que virou hoje a TV A Crítica, e o Drº Phelippe, que virou a TV Amazonas, que foi fundada inicialmente lá. No começo, era a TV funcionando 24 horas por dia ao vivo, porque não tinha videoteipe, era na base do filme ainda, e eles consolidaram esse trabalho ao longo de dois anos e logo depois eles partiram para conseguir novas concessões em novos estados. Aí conseguiram a concessão de Rondônia, conseguiram a concessão do Acre, de Porto Velho, Rio Branco e nesse mesmo ano, que foi 1974, conseguiram a concessão da TV Roraima e depois da TV Amapá, ai se criaram treze emissoras nesses estados que compõem atualmente a Rede Amazônica.
No início, foi assim. Chegava a fita, por exemplo, do [programa] Fantástico, em Manaus [AM], uma semana depois de exibida. Aí se faziam cinco cópias que iam pra essas cidades de avião ou de barco e duas semanas depois de exibido no Rio de Janeiro [RJ] e São Paulo [SP] que o Fantástico era exibido em Porto Velho, Macapá, naquelas. localidades", disse Luís Augusto Pires Batista, que é o atual gerente de Jornalismo e Esporte da TV Fronteira, afiliada da Rede Globo na região de Presidente Prudente (SP).