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Incêndio subterrâneo já dura 20 dias em terreno no Parque Furquim | Foto: TV Fronteira
O Serviço Social da Indústria do Estado de São Paulo (Sesi-SP) protocolou, nesta sexta-feira (31), um novo ofício em que exige providências efetivas dos órgãos públicos competentes para o combate ao incêndio subterrâneo que ocorre já há 20 dias nas proximidades da unidade da instituição no Parque Furquim, em Presidente Prudente (SP).
Segundo a instituição, a situação gravíssima traz imensos prejuízos diretos a quatro mil pessoas, entre estudantes e suas famílias, professores, colaboradores, terceirizados e usuários.
O ofício foi enviado à Prefeitura de Presidente Prudente, à Defesa Civil, ao 14º Grupamento do Corpo de Bombeiros, à Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e ao Ministério Público do Estado de São Paulo (MPE-SP).

De acordo com o Sesi-SP, até agora, não foi apresentada uma solução definitiva ou um plano de ação concreto e eficaz, e também não existem laudos técnicos conclusivos que atestem que a fumaça do incêndio não é tóxica.
A instituição já havia enviado um outro ofício para os órgãos no dia 20 de outubro.
Em nota enviada ao Portal CBN Prudente, o Sesi-SP destacou que as aulas dos estudantes dos ensinos fundamental e médio acontecem há três semanas na modalidade on-line.
“É fundamental destacar que aulas remotas não se configuram como solução equitativa ou plenamente eficaz para a comunidade escolar. Cada dia de afastamento da sala de aula e das atividades formativas presenciais não só interrompe o fluxo pedagógico, como compromete o desenvolvimento cognitivo, social e emocional dos estudantes”, afirmou a nota.
Entre os prejuízos apontados pela instituição, estão, ainda:
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Por fim, na nota enviada ao Portal CBN Prudente, o Sesi-SP afirmou que segue acompanhando a situação e reforçou a necessidade de uma solução definitiva.
“O Sesi-SP, instituição que não é a causadora do problema, segue acompanhando ativamente todos os desdobramentos das operações de combate ao fogo e à fumaça. É necessária uma solução definitiva para o problema e a mitigação completa dos efeitos do incêndio, com um cronograma claro e um plano de ação pormenorizado para a retomada das atividades com segurança”, finalizou a nota.
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A Prefeitura de Presidente Prudente divulgou nesta sexta-feira que pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) estiveram no local acompanhados de representantes da própria administração municipal, da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros para coletar amostras do solo.
Segundo o Poder Executivo, desde o primeiro chamado, a Defesa Civil do município atua no controle da situação, com apoio do Corpo de Bombeiros, da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e de empresas privadas. A força-tarefa já utilizou mais de 750 mil litros de água no combate. A principal estratégia tem sido a abertura de valetas no chão para injetar água diretamente no subsolo, método que apresentou resultados positivos e reduziu a emissão de fumaça nos últimos dias.
Além disso, os pesquisadores vão realizar um levantamento das partículas liberadas pela fumaça e os pontos de maior temperatura no solo, com o objetivo de compreender o que ainda provoca a queima subterrânea e contribuir para buscar soluções definitivas.
“Retornamos para o campus da Unesp de Presidente Prudente com essas informações coletadas para que possam ser tratadas. A partir de agora, vamos analisar de que forma podemos ajudar o poder público a solucionar este problema”, explicou o vice-diretor, professor doutor Ricardo Pires de Paula.
Ainda conforme a Prefeitura, o local segue em monitoramento constante. Novas operações com máquinas e caminhões-pipa foram realizadas nesta semana, e a Polícia Militar Ambiental mantém rondas diárias para coibir o descarte irregular de lixo. A Secretaria Municipal de Assuntos Jurídicos e Legislativos também prepara medidas legais para punir os responsáveis pelo incêndio.
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Ao Portal CBN Prudente, a Cetesb informou que atua no caso desde o dia 14, que aplicou as penalidades cabíveis ao infrator e que exigiu a recomposição da área degradada e a investigação da área potencialmente contaminada.