O prefeito Milton Carlos de Mello 'Tupã' (Republicanos) demitiu do cargo de vigia noturno o servidor público municipal Edson Gonçalves de Lima | Foto: Redes sociais
No Diário Oficial do Município de Presidente Prudente (SP), na última quinta-feira (9), foi publicada a demissão do servidor público municipal Edson Gonçalves de Lima. A publicação oficial informa que foi instaurado um processo administrativo para apurar possíveis violações cometidas pelo então servidor, que ocupava o cargo de vigia noturno da Prefeitura. Diz ainda que ele foi intimado de todos os atos e teve oportunidade de defesa.
O decreto, assinado pelo prefeito Milton Carlos de Melo “Tupã” (Republicanos) e pelo secretário municipal de Administração, Celso Gazolla Bondarenko, formaliza a demissão e a justificativa apresentada é o cometimento de infração disciplinar descrita no Estatuto dos Servidores Públicos Municipais de Presidente Prudente.
Sobre o assunto, a reportagem da rádio CBN Prudente apurou com a administração municipal que as investigações tiveram início ainda na gestão do ex-prefeito Ed Tomas (MDB), que esteve à frente do Poder Executivo local entre 2021 e 2024, e as acusações envolveram faltas ao trabalho sem justificativa por dezenas de dias, o não preenchimento do cartão de ponto com presença em dia que faltou ou chegada em atraso e o abandono do local de serviço sem comunicar o superior.
No entanto, o servidor demitido questiona a medida adotada pela administração e afirma ter sido vítima de perseguição política.
O servidor informou que vai buscar a Justiça para tentar reverter essa situação.
“Toda comissão que fez parte do meu processo administrativo interno na Prefeitura ocupa cargo no governo Milton Carlos de Mello, atual prefeito”, afirma Lima.
“Eu fui vítima de cilada pelo atual grupo. Em nove anos, sempre trabalhei na Secretaria da Educação e nunca tive problemas de perseguição política. Sempre me trocando de setor, venho sofrendo perseguição, tomando remédios antidepressivos e sofrendo assédio moral. Há áudios de pessoas ligadas ao grupo do prefeito falando antes de o mesmo assumir que iria ser transferido e demitido a bem do serviço público. Sou concursado como portador de necessidades especiais. Não fui avisado sobre a exoneração, até porque estou de férias. [A] data para voltar era 15 de janeiro de 2025”, diz ele.
Sobre os apontamentos, a equipe da CBN Prudente procurou a Prefeitura para questionar os motivos.
A reposta da Secretaria Municipal de Comunicação (Secom) foi de que havia sido aberto um procedimento na gestão passada e que coube à atual administração acatar a decisão da Comissão Processante.
Ainda segundo a Prefeitura, esse não foi o primeiro procedimento aberto contra o mesmo funcionário.
Nesse caso, constitui-se, conforme o Poder Executivo, uma falta gravíssima, portanto, decidiu-se pela ação dentro do procedimento legal que cabe a cada servidor público.