Juninho Fonseca foi entrevistado no quadro Estrelas do Esporte | Foto: Reprodução/CBN Prudente
Ex-zagueiro de Corinthians e Ponte Preta, Juninho Fonseca estava no elenco da Seleção Brasileira comandada por Telê Santana, que disputou a Copa do Mundo de 1982.
Em entrevista exclusiva, neste sábado (7), para a apresentadora Alessandra do Valle, no quadro “Estrelas do Esporte”, do programa Vitrine CBN, Juninho Fonseca relembrou momentos da carreira e falou sobre o atual momento da Seleção Canarinho.
Conforme o ex-atleta, dois momentos foram muito marcantes em sua carreira: o primeiro, quando foi convocado para a Seleção, enquanto jogador da Ponte Preta; e sua transferência para o Corinthians. Sobre a ida para o time da capital, Juninho relembra:
“Era um momento em que nós, como cidadãos, buscávamos um posicionamento político diferente. Participei das ‘Diretas Já’, estive no palanque que tivemos em 1984”, conta Fonseca.
Durante a entrevista, Juninho também falou sobre suas expectativas com a chegada do treinador italiano Carlo Ancelotti para comandar a Seleção Brasileira.
“Na primeira mão, eu não faria essa contratação, ponto. Desde que foi feita pela CBF, realizada pelo presidente antigo e assumida pelo presidente recente, eu creio que o Ancelotti tem muitos recursos. É um ex-atleta, disputou duas Copas do Mundo, é um treinador maduro, com muitos resultados positivos em vários clubes. Ele conhece muitos atletas que estão na Europa, ele tem um viés de dar certo. Mas, repito: eu não contrataria um treinador estrangeiro. Acho que no Brasil temos gente para isso. Porém, depois de contratado, eu imagino que ele tem condições de fazer algo melhor do que a Seleção vem fazendo”, opina o ex-jogador.
Para ele, parte da má fase que o futebol brasileiro atravessa se deve a uma perda de identidade e a uma mudança para um estilo de jogo que combina mais com a Europa.
“Nós sempre tivemos jogadores de alto nível, principalmente os jogadores do sistema ofensivo, com muita mobilidade e dribles, envolvendo o individual, hoje chamado de um contra um, e isso tudo nós perdemos porque foi proposto um modelo que provavelmente combina mais com o modelo europeu. O Brasil, desde 2011, não ganha um Mundial de Clubes, e a Seleção Brasileira, desde 2002, não vence o Mundial [Copa do Mundo]. Perdemos a identidade e espero que, com o Carlo Ancelotti, a gente consiga voltar àquele patamar antigo”, comenta Juninho.